Monthly Archives: março 2014
Passear pelos mercados municipais da cidade é uma diversão. Aqui perto do Balaio tem o Mercado da Lapa – volta e meia estamos lá comprando algum ingrediente ou buscando inspiração. Na última visita compramos doce de buriti, “importado” diretamente de Dom Expedito Lopes, no Piauí.
Vem numa caixinha super legal da própria fibra do buritizeiro que dá um presente gracinha, ainda mais se embrulhado em um guardanapo de pano com fitinhas.
O doce é beeem doce (nossa herança de portugueses, espanhóis e mouros), legal para ser diluído com um pouquinho de água em fogo brando e ser usado como calda para um sorvete ou um bolinho. Ou, se quiser uma coisa mais transadinha, faça umas tortinhas e cubra com o doce. Uso uma receitinha tradicional que não tem erro e aquelas formas de quiche.
Aliás, essa mesma tortinha pode ser recheada com tanta coisa! Doce de goiaba, ganache de chocolate, etc. Fiz uma de limão cravo que meu marido devorou furiosamente! Essa aí de baixo.
A receitinha? Tá aí:
Rendimento: 1 torta de 23cm ou 4 tortinhas de 13cm
Preparo: aproximadamente 2 horas
Ingredientes:
170g de farinha de trigo
25g de açúcar
Uma pitada de sal
110g de manteiga
2 colheres de creme de leite ou iogurte
1 gema
Modo de preparo:
1. Coloque a farinha, o açúcar e o sal em uma tigela. Corte a manteiga em cubinhos e misture com os dedos até ficar parecendo uma farofa.
2. Misture o creme de leite com a gema e junte com a farofa, misturando bem até ficar homogêneo. Faça uma bola, embale em file plástico e leve a geladeira por, no mínimo, 1 hora.
3. Unte a forma com manteiga e farinha de trigo e pré aqueça o forno em 180 graus.
4. Como essa massa tem bastante manteiga, é difícil abri-la diretamente na bancada. Costumo usar dois saquinhos descartáveis (daqueles que vem num rolinho, picotado) e abrir a massa entre os dois. Bom, abra a massa com um diâmetro um pouquinho maior que a forma. Ajeite-a na forma e leve pra gelar mais 10-15 minutinhos.
5. Cubra a passa com papel alumínio ou manteiga e feijões (para a massa não crescer) e leve ao forno por 15 minutos. Retire o papel e os feijões e termine de assar por mais 20-25 minutos, até ficar levemente dourada.
6. Espere esfriar para rechear.
Por Gabriela Spinardi, do Balaio Gastronomia
(Colaboração especial de Raquel Paganotto, do Viajo Logo Existo)
Quando saímos para a viagem de volta ao mundo o que mais me brilhava os olhos era pensar no que encontraríamos na gastronomia mundo afora. Começamos a viagem descendo até o fim do mundo, mais conhecido como Ushuaia, e depois começamos a subir, cruzando o Chile até chegar ao Peru.
Esse, por sinal, era o primeiro país que visitávamos pela primeira vez e talvez por isso todos os nossos sentidos estavam aguçados! Apesar de sabermos como a cozinha peruana tem ganhado fama ao redor do mundo com chefs como Gastón Acurio e Adolfo Perret levando a gastronomia local para outros países acabamos conhecendo muito superficialmente dessa gastronomia tão rica!
Um dos pratos mais conhecidos fora do Peru é o ceviche e estávamos loucos para comer o tradicional prato no seu país de origem! Assim que cruzamos a fronteira com o Chile paramos na pequena cidade de Tacna e encontramos uma feira com comida local. Além de promover a culinária fora do país, também existe o trabalho de valorizá-la internamente e com a marca Mucho Gusto eles fazem eventos em várias cidades! Lá fomos nós e além de provar o ceviche, que estava delicioso, descobrimos outras preciosidades que nunca tínhamos nem ouvido falar!
Começando pelo cuy, o pequeno roedor que para nós é conhecido como porquinho da índia! Para os andinos esse pequeno animal é uma rica fonte de proteínas além de ter uma carne muito magra! É possível encontrar o cuy geralmente assado inteiro, inclusive com cabeça, de norte a sul do país! Outra carne facilmente encontrada por aqui é a de pato! E não tem nada a ver com restaurantes franceses, é típico da região norte e geralmente é misturado com arroz, no arroz de pato!
Assim como o ceviche pode ser encontrado em todo o país com diferentes peixes, geralmente acompanhado de maíz, um grão de milho torrado, é possível encontrar muitos pratos com base em peixes e frutos do mar, como a Jalea de Pescado, uma mistura de peixe e frutos do mar empanados, e o arroz de mariscos, também variando os mariscos!
Outro clássico que não poderíamos deixar de citar são as causas! Geralmente feitas com batatas amassadas e o tradicional ají amarillo, um tipo de pimenta local, são bem versáteis e podem servir de entradas com recheios de camarão, caranguejo ou polvo e com molhos de azeitonas ou com pedaços de abacate para adoçar!
A culinária peruana tem fortes influências chinesas e por isso é tão comum encontrar restaurantes chifas pelas ruas. A influência japonesa também já se misturou e é possível experimenta-la em restaurantes que denominam sua cozinha como fusión onde quem faz sucesso são os rolls com muitas cores, sabores, ajís e molhos!
Na parte das sobremesas podemos ir do doce de lúcuma, uma fruta local, ao suspiro limeño, exageradamente doce, até os tradicionais churros que são os melhores que já comemos!
No campo das bebidas, apesar do pisco sour estar no top da lista de quem vai ao Peru não deixe de experimentar a chicha morada, um suco feito com um milho de cor roxa e a Inka Cola, o refrigerante local que é mais vendido que a coca-cola!
Por Raquel Paganotto, do site Viajo Logo Existo
Sobre a autora: Rachel Paganotto é economista e trabalhou por 8 anos no mercado financeiro. Atualmente está fazendo uma viagem de volta ao mundo de carro com o marido, que pode ser acompanhada pela página do Facebook e pelo site Viajo Logo Existo, além da página do Facebook VLE Gourmet, onde ela aborda a parte gastronômica da viagem.
Já há algum tempo que venho querendo fazer um rolinho com abobrinha. Num passeio pela feira do bairro, aqui perto do Balaio, encontramos umas bem pequenas e baratas, perfeitas para matar a minha vontade.
Como no dia anterior já tinha comprado um pacote de ervilhas para um belo purê (também vontade antiga!), aproveitei pra testá-lo como recheio dos rolinhos.
Exigiu um certo trabalhinho, mas o resultado foi melhor do que o esperado, olha só:
Certamente iremos repetir!
Rendimento: cerca de 20 rolinhos
Preparo: aproximadamente 40 minutos
Ingredientes:
80g de ervilhas frescas lavadas
15g de bacon em cubinhos de 0,5 cm
20g de mussarela de búfala em cubinhos
10g de cebola picado bem fininho
5g de manteiga
2 mini abobrinhas (de +ou- 15cm)
5 pimentas biquinho
Pimenta rosa, azeite de boa qualidade, sal e pimenta branca a gosto
Modo de preparo:
1. Leve as ervilhas à água salgada fervente e cozinhe-as até estarem bem macias.
2. Pique o bacon em cubinhos e salteie numa frigideira.
3. Pique a cebola bem picadinha e misture com o bacon na frigideira.
4. Quando a ervilha estivar bem macia, processe com um pouco da água da cocção e misture com a calabresa e a cebola. Acompanhe mexendo sempre para que não fique muito seco.
5. Fora do fogo, adicione a manteiga e mexa até ficar homogêneo.
6. Tempere com sal e pimenta branca a gosto.
7. Fatie as mini-abobrinhas no mandolin numa espessura bem fina (+ou- 0,3 cm) e leve a uma chapa ou frigideira bem quente, para que amoleça e fique levemente marcada.
8. Pique a mussarela na espessura do bacon.
Montagem:
1. Estenda as fatias de abobrinha numa tábua e com uma colher de chá, coloque o purê numa das extremidades.
2. Coloque alguns cubinhos do queijo sobre o purê e com cautela, enrole a abobrinha.
3. Corte a pimenta biquinho em 4 partes iguais e decore o rolinho.
4. Disponha-os em uma bandeja ou prato e salpique alguns grãos de pimenta rosa e um bom fio de azeite.
Por Sergio Campos do Balaio Gastronomia