Belém – PA
Uma das primeiras e mais inspiradoras viagens do Balaio foi a Belém. Uma esbórnia gastronômica: pato no tucupi, tacacá, tucunaré, tambaqui, todos esses nomes míticos que povoavam nossa imaginação se tornaram realidade. Parece que toda a comida amazônica é intensa. Os sabores são todos fortes, os peixes são gordurosos. A Amazônia é onde os estômagos fracos não têm vez.
E as frutas? Meu Deus, as frutas! Superdoces, de aroma enjoativo. Brincamos que as frutas de lá parecem meio podrinhas. O tempo entre o amadurecer e o apodrecer é curto. As favoritas do Balaio foram o biribá e o ingá. As duas têm uma característica em comum: a polpa é branca e adocicada, envolvendo suas sementes pretas e lisas. Manja uma fruta-do-conde? As semelhanças param por aí. Descobrimos no livro Frutas: Sabor à Primeira Dentada, de Gil Felippe (editora Senac), que o ingá (foto acima), cujas vagens podem chegar a 30 centímetros, é um legume e que o biribá (abaixo), também conhecido como graviola-brava, é usado para produzir vinho.
Infelizmente, apesar de nossa procura, o elusivo vinho de biribá não foi encontrado…
Por Gabriela Spinardi, do Balaio Gastronomia
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